quinta-feira, 29 de abril de 2010

David Berkowitz

David Richard Berkowitz nascido em 1 de junho de 1953, também é conhecido como Filho de Sam e o Assassino da .44. Ele é um serial killer americano que aterrorizou New York com seus crimes, praticados entre julho de 1976 e Agosto de 1977, quando ele foi preso. Ao ser preso em agosto de 1977, Berkowitz confessou o assassinato de seis pessoas e ferimentos em outras setes, todas devido a disparos de seu revólver. Ele continua cumprindo pena por seus crimes desde então. Berkowitz depois se diria dominado por um demônio que possuíra o cachorro de seu vizinho e que lhe ordenava cometer seus crimes. Mais tarde, Berkowitz mudaria sua confissão e se diria responsável pelos tiros em apenas dois casos, matando três pessoas e ferindo uma quarta. Quanto às demais vítimas, o assassino alegaria terem sido atacadas por um "culto satânico" do qual ele seria um dos membros. Alguns advogados dão crédito à essa versão, como John Hockenberry e os policiais que trabalharam no caso e suspeitam do envolvimento de mais pessoas nos crimes. Hockenberry informou que o caso do Filho de Sam foi reaberto em 1996 e 2004 e atualmente ainda continua assim. Berkowitz nasceu com o nome de Richard David Falco no Brooklyn, New York. Sua mãe, Betty Broder, foi casada com Anthony Falco. Tiveram uma filha antes de se divorciarem. Depois, ela teve um caso com um homem casado, Joseph Kleinman e engravidou dele. Kleinman teria sugerido o aborto, mas ela teve o filho e registrou tendo Falco como o pai. Com uma semana de idade, a criança foi adotada pelo casal de lojistas Nathan e Pearl Berkowitz, que mudaram seu nome e lhe dariam o sobrenome da família. Berkowitz tinha uma inteligência acima da média, mas perdeu o interesse pelas aulas e mostrava tendências piromaníacas. A mãe adotiva de Berkowitz morreu de câncer aos trinta anos e ele não gostou da segunda esposa de seu pai. Ele contou que sua madastra tinha interesse por bruxaria e ocultismo. Em 1969, aos 16 anos, Berkowitz esteve no Festival de Woodstock. Ele se alistou no Exército em 1971 e deu baixa honrosa em 1974. Ele não esteve na Guerra do Vietnam, ficando na base nos Estados Unidos e indo para a Coréia do Sul. Em 1974 Berkowitz encontrou sua mãe verdadeira, Betty Falco. Em poucas visitas ele soube da sua concepção ilegítima e o nascimento, o que aumentou seus distúrbios. Ele se afastou da mãe, mas manteve contato com sua meia-irmã, Roslyn. Após deixar o Exército, Berkowitz teve vários empregos braçais. Quando foi preso trabalhava como carteiro. Berkowitz disse que se juntou a um culto na primavera de 1975. Inicialmente, conforme seu relato, o grupo se envolvia em atividades tais como comunicação com os espíritos e previsões do futuro. Gradualmente, contudo, Berkowitz disse que o grupo começou a usar drogas, pornografia sádica e cometer crimes violentos. Berkowitz declarou que seu primeiro ataque foi a uma mulher e ocorreu em 1975. Ele teria esfaqueado uma religiosa. Essa vítima nunca foi identificada, mas outra vítima, Michelle Forman, foi seriamente machucada e teve que ser internada em um hospital. Pouco depois, Berkowitz mudou para um apartamento em Yonkers. Por volta da uma da manhã de 29 de julho de 1976, Mike e Rose Lauria retornavam para o seu apartamento em Pelham Bay após jantarem fora. A filha Donna, de 18 anos, e a amiga dela Jody Valenti, de 19 anos, estavam no veículo de Valenti, um Oldsmobile, estacionado do lado de fora da residência. Mike Lauria deixou que o cachorro poodle da família ficasse com elas. Ele teria visto um homem dormindo num carro amarelo estacionado do outro lado da rua. Os vizinhos também avisaram a polícia sobre um carro dessa cor rondando a área, horas antes dos disparos. Depois que seus pais entraram, Donna Lauria abriu a porta do carro e viu um homem se aproximando rapidamente. De um saco de papel que carregava, ele tirou um revólver e o disparou por três vezes. Donna levou um tiro que a matou quase instântaneamente, Valenti levou um tiro na perna e a terceira bala se perdeu. O atirador fugiu. Valenti, que sobreviveu aos ferimentos, disse não reconhecer o assassino. Ela o descreveu como um homem branco de 30 anos, de cabelos curtos. Essa descrição batia com a de Mike Lauria do homem que estava no carro amarelo. Detetives da Oitava Delegacia de Homicídos de New York recolheram poucas pistas. A mais importante foi a de que a arma usada era uma Charter Arms Bulldog calibre .44, um revólver poderoso de cinco tiros para ser usado à curta distância. A polícia seguiria duas hipóteses: a de que o atirador era um admirador secreto da popular Donna ou que o atirador se enganou e atingiu a pessoa errada. Os vizinhos tinham visto recentes atividades mafiosas e a polícia achava que Mike Lauria poderia ter algum envolvimento com o crime organizado. Berkowitz disse que deu os tiros e que os membros do culto participaram do crime, vigiando e seguindo as vítimas. Na madrugada de 23 de outubro de 1976, ocorreram outros disparos, dessa vez no Queens. Carl Denaro, de 25 anos, e Rosemary Keenan, de 38 anos, estavam estacionados em Flushing, Queens. Keenan estava na direção de seu Volkswagen Beetle e Denaro era passageiro. Por volta da 1:30, a janela do carro foi estilhaçada e o casal ouviu vários disparos. Denaro e Keenan não viram quem deu os tiros. Denaro foi atingido na cabeça e Keenan ficou ferido superficialmente pelos estilhaços. Conseguiram socorro no bar do Peck. Denaro teve que implantar uma placa de metal na cabeça em função do ferimento. A polícia encontrou balas de calibre .44 mas as deformações impediram a identificação da arma. Denaro tinha cabelo comprido e a polícia especulou que o assassino pudesse tê-lo confundido com uma mulher. O pai de Keenan era um policial veterano e se aprofundaria nas investigações. Como no caso de Lauria e Valenti, não havia motivo para os disparos e a polícia fez poucos progressos. Berkowitz mais tarde contaria que ele observou e ajudou no crime, mas quem atirou em Denaro foi uma mulher da qual ele não sabia o nome. As vítimas teriam sobrevivido em função do atirador não estar familiarizado com a .44 Bulldog. Na noite de 26 de novembro de 1976, Donna DeMasi, de 16 anos, e Joanne Lomino, de 18 anos, voltavam para casa depois do cinema e ficaram do lado de fora da casa de Lomino, num lugar iluminado pela luz da rua. Um homem alto, louro-escuro e de olhos negros com uma vestimenta militar se aproximou e ficou próximo das garotas. DeMasi e Lomino acharam que ele estava perdido e iria perguntar sobre a direção a tomar. Ele começou a falar "Você pode me dizer como chegar..." e então sacou um revólver e atirou uma vez em cada garota. Enquanto elas estavam caídas, ele deu outros disparos. Os vizinhos ouviram o barulho e um dos moradores viu o atirador louro correndo com uma pistola na mão esquerda. DeMasi e Lomino ficaram internadas com vários ferimentos: Lomino ficou paraplégica mas DeMasi se recuperou. Baseados no testemunho de DeMasi, Lomino e dos vizinhos, a polícia começou a procurar um homem louro. A arma foi identificada como uma .44. Berkowitz disse que quem atirou foi o membro do culto John Carr e que um policial de Yonkers estava envolvido no crime. O ano novo começou com mais tiros no Queens. Na madrugada de 30 de janeiro de 1977, um casal de noivos, Christine Freund, de 26 anos, e John Diel, de 30 anos, estavam dentro do carro de Diel (um Pontiac Firebird), preparando-se para ir a uma danceteria após terem assistido Rocky no cinema. Três balas atingiram o carro por volta da meia-noite e meia. Em pânico, Diel dirigiu em busca de ajuda. Ele recebeu ferimentos superficiais, mas Freund levou dois tiros. Ela morreu poucas horas depois no hospital. Ele não viu quem os atacou. A polícia notou que a arma usada era uma Bulldog .44. Foi feito o primeiro anúncio público sobre as similaridades desse ataque com os outros dois e que poderia haver conexões entre eles. A população foi informada sobre o calibre .44 e que as vítimas eram mulheres jovens, com cabelos longos e escuros, atacadas em carros estacionados e com acompanhantes. Por volta das 7:30 da noite de 8 de março de 1977, a estudante da Universidade de Colúmbia Virginia Voskerichian, de 19 anos, estava voltando para a casa após a aula. Ela morava próxima ao lugar do ataque a Christine Freund. O ataque a Voskerichian difere dos outros do Filho de Sam. Ela estava sozinha e o horário era diferente. Não houve testemunhas diretas do assassino de Voskerichian. Ela tentou se proteger colocando os livros na frente do rosto, mas a bala os atravessou e atingiu sua cabeça, a matando. Ao ouvirem os disparos, os vizinhos correram para o local e viram uma pessoa que descreveram como um garoto de 16 a 18 anos de idade e sem barba, usando um boné. Berkowitz contou que ele esteve na cena do crime de Voskerichian, mas que a atiradora foi uma mulher de Westchester, New York. Disse ainda que esse ataque foi para confundir a polícia, alterando o modus operandi. Em 10 de março de 1977 investigadores da NYPD e o prefeito da cidade Abraham Beame declararam à imprensa que o mesmo revólver .44 Bulldog fora a arma do crime nos assassinatos de Lauria e Voskerichian. Documentos oficiais descobertos mais tarde, diriam que essas provas da mesma arma eram na verdade inconclusivas. No mesmo dia foi iniciada a "Operação Omega" que consistia numa força-tarefa de 300 homens liderada pelo Inspetor-Assistente Timothy J. Dowd. A polícia suspeitava de uma vingança do assassino contra as mulheres jovens, devido talvez a uma rejeição. Declararam que o adolescente era na verdade testemunha e não suspeito. Foi dito que o homem alto e de cabelo preto da descrição das vítimas Lauria-Valenti era o atirador da calibre 44. Os crimes tiveram grande divulgação, com televisão, jornais e rádio especulando e dando detalhes dos casos em grande quantidade. O publicitário australiano Rupert Murdoch que tinha adquirido recentemente o New York Post, realizou a cobertura mais sensacionalista dos crimes. O prefeito Beame liberou fundos sem precedentes para a NYPD na tentativa de ajudar a solucionar o caso. Na madrugada de 17 de abril de 1977, Alexander Esau, de 20 anos, e Valentina Suriani, de 18 anos, estavam no Bronx, a poucos quarteirões da cena do crime de Lauria e Valenti. Por volta das três da manhã, cada um deles foi atingido duas vezes e morreram. Suriani morreu no local e Esau foi levado ao hospital, mas morreu sem poder descrever quem os atacou. Nos dias que se seguiram, a polícia repetiu a teoria de que apenas um homem fora o responsável pelos assassinatos com a calibre .44. Berkowitz disse que foi o responsável pelas mortes de Esau-Suriani. Numa rua próxima dos assassinatos de Esau e Suriani, um policial descobriu uma carta escrita à mão, endereçada ao capitão da NYPD Joseph Borrelli. O autor da carta admitia ser um monstro e dizia ser o "Filho de Sam". Dizia que Sam gostava de beber sangue para se manter jovem e o ordenava para "sair e matar". "Papa" Sam o mantinha preso no sótão e com isso ele via o mundo pela janela, sentindo-se um criminoso. Para parar de cometer assassinatos, ele teria que ser morto. Ele não queria matar mais, mas o fazia em honra de seu pai. Desejava uma feliz Páscoa para os moradores do Queens. A descoberta da carta foi anunciada, mas o conteúdo permaneceu em segredo. Em um trecho sobre ataque cardíaco, foi lembrado pela polícia que Lauria era técnica médica e Valenti estudava enfermagem. O perfil psicológico foi feito pela polícia em 26 de maio de 1977. Ele foi descrito como um neurótico e provavelmente paranóico e esquizofrênico, que acreditava ser vítima de possessão demoníaca. A polícia investigou 56 proprientários de .44 Bulldog e os testes não localizaram a arma. Também foram colocados agentes disfarçados de amantes em carros estacionados em áreas isoladas da cidade. Em 30 de maio de 1977, o colunista Jimmy Breslin do New York Daily News recebeu uma carta manuscrita de alguém que se dizia ser o assassino da .44. A carta foi enviada em 30 de maio em Englewood, Nova Jérsey. A carta trazia a pergunta "O que você vai fazer em 29 de julho?" interpretada como uma ameaça de crime no aniversário da primeira aparição do assassino. Breslin notificou a polícia, que deduziu que a mesma tinha sido escrita por alguém que sabia dos ataques. As palavras sofisticadas em relação ao estilo rude da primeira carta, foram interpretadas como tendo sido criação de algum expert em publicidade, design gráfico e similares. Também foi pedida uma exibição privada do filme de horror The Wicker Man (1973), possivelmente referenciado no texto. A carta foi publicada uma semana depois no Daily News. Houve pânico na cidade e a policia recebeu centenas de denúncias, provavelmente sem fundamentos. As mulheres de cabelos escuros passaram a pintá-los de outra cor e aumentou a demanda por perucas. Durante um dos verões mais quentes já registrados em New York, o povo permaneceu dentro das casas à noite. Em 26 de junho de 1977, o casal Sal Lupo e Judy Placido estava no carro quando foram desferidos três disparos na lataria. Os ferimentos foram superficiais. Berkowitz disse que o membro do culto Michael Carr foi quem atirou. Contou que os membros cultistas queriam atirar em alguém que freqüentava a discoteca Elephas por acharem que o local fazia referência ao trabalho do ocultista do século XIX Eliphas Levi, estudado por eles. Em 31 de julho de 1977 no Brooklyn, o casal Stacy Moskowitz e Robert Violante estava no carro estacionado de Violante. Quando se beijavam, um homem se aproximou do lado do passageiro e atirou dentro do carro, acertando os ocupantes na cabeça. Depois fugiu para o parque. Moskowitz morreu horas depois e Violante sobreviveu cega de um olho e com a visão do outro afetada. O cabelo dela era curto e louro. Os disparos foram testemunhados por Tommy Zaino, de 19 anos. Uma mulher chegou a informar uma placa do carro do assassino: 4-GUR ou 4-GVR. Outras testemunhas apareceram, sendo o caso com o maior número de testemunhas até então. Berkowitz disse que o atirador fora um amigo de John Carr, recém-chegado da Dacota do Norte. Berkowitz disse que seu Ford Galaxie, placa 561 XLB, tinha recebido uma multa de estacionamento proibido (perto de um hidrante) às 2:05 da manhã. Na noite em que Moskowitz e Violante foram atingidos, Cacilia Davis, que morava próxima da cena do crime, viu Berkowitz rondando a vizinhança e retirando o bilhete de multa do seu Ford Galaxie amarelo. Dois dias depois ela foi à polícia. Apesar de negar, a polícia tratou Berkowitz inicialmente como uma possível testemunha e não um suspeito. Isso mudou em 9 de agosto de 1977, sete dias após Cacilia Davis ter contado sobre o homem com a multa. O detetive da NYPD James Justis telefonou para a polícia de Yonkers para perguntar pelo bilhete e sobre Berkowitz. O sargento Mike Novotny disse que a polícia suspeitava de Berkowitz, ligando ele a crimes em Yonkers que tinham sido mencionados nas cartas do Filho de Sam. Para a surpresa da NYPD foi falado que Berkowitz poderia ser o Filho de Sam. No dia seguinte, a polícia investigou a rua e o carro multado de Berkowitz. Foi encontrado um rifle Commando Mark III, munição, mapas das cenas dos crimes e uma carta para o sargento Dowd da Força-Tarefa Omega, com mais ameaças de assassinatos. A polícia esperou até Berkowitz sair do apartamento onde morava. Ele saiu as 10 da manhã, carregando a .44 Bulldog num saco de papel. Ele foi preso em frente ao seu apartamento na Pine Street em Yonkers, em 10 de agosto de 1977. A polícia revistou o apartamento e encontrou grafites satânicos nas paredes. Havia também um diário. Durante o julgamento os policiais foram questionados sobre a ilegalidade da revista no carro de Berkowitz. A posse do rifle também seria legal no Estado de New York. Durante os interrogatórios, Berkowitz disse que o mencionado "Sam" era Sam Carr, um vizinho. Berkowitz declarou que o cão labrador negro de Carr, Harvey, fora possuído por um antigo demônio e que através dele a entidade o ordenava assassinar. Berkowitz disse que uma vez tentou matar o animal, mas fracassou por interferências sobrenaturais. Em 12 de junho de 1978, o assassino foi condenado a cumprir pena de prisão perpétua por seis homicídios, pegando 365 anos. Ele foi preso inicialmente no Presídio de Attica. Em 1979 Berkowitz sofreu um atentado à faca na prisão. Ele se recusou a identificar o agressor, mas sugeriu que o culto estava por trás. Ele ficou com uma cicatriz na garganta. Em 1987 ele se reconverteu ao Cristianismo. Desde então ele tenta conseguir liberdade condicional. A “Lei Filho de Sam” foi aprovada em muitos estados, quando Berkowitz recebeu grandes quantias de dinheiro pela publicação de sua história. Pela nova legislação, o estado é autorizado a receber todo o dinheiro arrecadado pelo criminoso por cinco anos, a fim de destiná-lo para compensar a família das vítimas. Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4
Entrevista Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5 Parte 6

O filme Summer of Sam faz referências a esses assuntos.

Os livros .44: a Novel, de Jimmy Breslin e Dick Schaap; Son of Sam: Based on the Authorized Transcription of the Tapes, Official Documents and Diaries of David Berkowitz, de Lawrence D. Klausner; Confessions of Son of Sam, de David Abrahamsen e Son of Sam: The .44-Caliber Killer, de George Carpozi baseiam-se nesses assuntos.

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