quinta-feira, 17 de junho de 2010

David Simelane

David Simelane nascido em 1958 na Suazilândia é um estuprador condenado que já cumpriu sua pena e após ser colocado em liberdade se tornou um dos maiores assassinos em série da África Austral. A polícia acredita que ele matou 45 pessoas, mas não descarta que possa haver mais. Simelane, em março de 2001, apontou um número de locais onde a polícia encontrou ossos e cadáveres humanos. Ele levou os policiais ao local principal da matança, no coração da Floresta Sappi-Usuthu na área de Malkerns. Nesse local a polícia Swazi fez a descoberta macabra de 28 corpos em decomposição em março daquele ano. Naquele ano, em geral, foram encontrados os corpos nus mutilados de 41 mulheres e quatro crianças, sendo um bebê com idade de aproximadamente nove meses e duas crianças com idades entre três e quatro anos, esses foram encontrados em diferentes locais do país. Algumas vítimas foram enterradas, outras simplesmente jogadas entre arbustos ou entre pedras. Algumas das vítimas tinham os seus seios e órgãos genitais cortados, algumas degoladas, algumas estranguladas, algumas estupradas, cada caso era um caso. Suas vítimas como já foi citado, eram mulheres solitárias ou com filhos pequenos, e fontes policiais especulam que muitas vezes se tratavam de caronistas. Todas as crianças foram sufocadas e algumas foram encontradas com os sacos de plástico sobre suas cabeças. Acredita-se que Simelane conheceu muitas de suas vítimas também em bares e casas noturnas. Conhecido pelo sobrenome Simelane, embora ele seja mais conhecido pelo pseudônimo de David Mhlanga, o assassino predava mulheres que viajam através tanto das áreas rurais e quanto das urbanas. Estes achados horríveis primeiro pareciam ser trabalho de outro suspeito, Bongani Vilakati. Em Julho de 2000, os corpos de seis pessoas foram desenterrados em uma fazenda em Malkerns. Vilakati foi acusado junto com dois moçambicanos que teriam sido contratados para cavar as sepulturas e que foram presos pela polícia como cúmplices de assassinato. Durante oito meses, Vilakati viveu na clandestinidade, até que foi descoberto pela polícia, perseguido através de uma lavoura de milho e fatalmente baleado. Malkerns é um centro de cultivo de abacaxi e cana de açúcar. Os trabalhadores sazonais são empregados no plantio e na colheita. A lei Swazi prevê que um recém-chegado de uma área deve comunicar ao governo e um residente que dá abrigo a um estranho tem que fazer o mesmo. Isto causou um efeito na redução da criminalidade. Mas em uma sociedade moderna itinerante, onde homens e mulheres estão em constante movimento, às formalidades aos poucos foram desaparecendo, fazendo com que um acusado de diversos assassinatos pudesse transitar livremente no país durante tanto tempo. Na delegacia, listas com centenas de nomes de pessoas desaparecidas dificultavam o trabalho de identificação exata das vítimas. Foram encontradas roupas de vítimas, dentre estas: uma camisa azul de um bebê, um top de bebê, a alça de um carrinho de bebê arrancada, uma bolsa de couro azul marinho, sapatos enlameados e quebrados, uma pilha de roupa não identificáveis muito velhas e desgastadas pela exposição a elementos, um casaco de pijama estampado com dois ursinhos e as palavras "eu sou seu para sempre", uma calça jeans rasgada com marcas de unhas e enlameada demonstrando que a vítima lutou antes de sua morte. Com essas roupas, a polícia com a ajuda de famílias das vítimas pode identificar um número de vítimas que permaneciam sem nome. Os assassinatos na floresta da Suazilândia deixaram o povo em estado de choque e medo. A floresta Sappi-Usuthu, era um local onde os namorados se encontravam, naquela época ela passou a ficar extremamente vazia, até mesmo os homens corajosos não pisavam mais lá. Uma espessa névoa cinzenta e profunda lama tornavam o ambiente sinistro. No silêncio do dia caminhar pela floresta já dá medo. Ser arrastado para lá por um serial killer, entre os espinhos, urtigas e saliente galhos no meio da noite seria mais aterrorizante ainda. Acredita-se que as mortes começaram quando Simelane foi solto em 1998, da prisão de segurança máxima de Matsapha, onde ele cumpriu 15 anos de uma pena de 20 anos de estupro. Pouco depois de sua libertação, a mulher que testemunhou em seu julgamento de que ela havia sido estuprada por Simelane foi encontrada morta. Simelane se tormou suspeitado imediatamente e passou a utilizar o pseudônimo de David Ali Mhlanga. Ele teria confessado à polícia que, após este primeiro assassinato, ele começou sua série de assassinatos. O próximo ocorreu em outubro de 1999. Acredita-se que Simelane se tomou hostil e vingativo com as mulheres depois do tempo que passou na prisão. Uma mulher que escapou da morte foi a namorada com quem ele estava vivendo no momento da sua prisão, em abril de 2001. Eles moravam em um apartamento em Luyengo, perto Malkerns, onde uma série de assassinatos ocorreu. Quando soube que ele havia confessado ser o assassino em série, ela arrumou suas coisas e fugiu. Simelane mostrou ao povo swazi que era mito a crença nacional de que crimes assim não aconteceriam nesse país pelo fato de a Suazilândia ser um país de membros de famílias extensas que vivem dentro de domicílios multi geracionais onde a criminalidade é baixa porque todo mundo conhece todo mundo. Um fato interessante é que David Simelane jamais teve decretada sua real pena, até fevereiro de 2010 especulava-se prisão perpétua, mas como já se passou quase uma década de sua condenação e quatro dos policiais responsáveis por sua prisão e que tiveram contatos com os lugares onde os corpos foram descobertos já vieram a falecer devido a causas naturais ou no cumprimento do dever, fazendo com que demore mais para que saia a decisão oficial para esse serial killer.

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