Nicolas Cocaign, nascido em 1972, conhecido como o “Canibal de Rouen”, admitiu ter espancado e esfaqueado Thierry Baudry, de 31 anos, e depois asfixiá-lo com um saco plástico em uma prisão na capital da Normandia em 2007. Após isso Cocaign abriu o peito de seu companheiro de cela utilizando uma lâmina de barbear e cortou o que pensou ser seu coração. Na verdade, Cocaign extraiu o pulmão de Baudry e comeu em parte cru, em parte frito com cebolas em um fogão portátil. A briga teria sido motivada por uma discussão sobre o estado do banheiro da cela. Cocaign, que cumpria na época pena por roubo a mão armada e aguardava julgamento por tentativa de estupro, pôs em destaque os problemas do sistema penitenciário francês, seu mal funcionamento e sua superlotação. Cocaign disse à corte que tinha um longo histórico de problemas mentais e que o crime poderia ter sido evitado se as autoridades da prisão não tivessem ignorado seus repetidos pedidos de ajuda psicológica. Durante os primeiros dias do julgamento, a Justiça examinou os problemas na prisão de Rouen onde, segundo um relatório, havia "superlotação crônica". O corpo de Tierry Baudry foi descoberto pelos guardas da prisão no dia seguinte de seu assassinato. Com uma das taxas de suicídios mais elevadas da Europa, as prisões francesas são regularmente criticadas pela Corte Europeia de Direitos Humanos por não prover as necessidades básicas dos detentos. Durante o julgamento, ele pediu perdão à mãe e às irmãs de Baudry. Cogaign afirmou no tribunal que um impulso sexual o levou a matar seu companheiro de cela e a "curiosidade" sobre o gosto da carne humana, a cozinhar e comer um pedaço de seu pulmão. Baudry, preso por agressão sexual, havia ido ao banheiro e, quando voltou à cela, que dividia com outros dois presos, foi atacado por Cocaign. Cogaign disse que pediu que o colega de cela lavasse as mãos, esse o fez mas teria olhado com raiva para Cogaign, foi então que o canibal o atacou. O acusado, que tinha 35 anos na época dos fatos, disse então que não conseguiu se controlar e subiu na cama da vítima. Em seguida, Cocaign desferiu em Baudry "uma dezena de golpes nas costas, no pescoço e no tórax" com uma tesoura e, usando um saco de lixo, o sufocou "durante cinco minutos" para assegurar-se de que esse estava morto. Após o crime, decidiu preparar seu jantar. Foi neste momento que teve a idéia de comer o coração da vítima. Ele agarrou uma lâmina de barbear e abriu o peito da vítima, então enfiou a mão e pegou o que achava ser o coração, mas na verdade era um pedaço de pulmão. Nicolas Cocaign comeu uma parte crua e o resto ele preparou com cebolas em uma frigideira. Um terceiro colega de cela, David Lagrue, testemunha do crime, foi indiciado por cumplicidade, mas depois foi absolvido. Ele ficou traumatizado com os fatos e em novembro de 2009, aos 36 anos, acabou se suicidando na prisão. A corte ouviu, entre outros, o testemunho do psicólogo Lucien Venon, que analisou o acusado. Ele relatou o que Cocaign lhe contou, sem demonstrar remorso, em junho de 2007. Cogagin disse; "O que é terrível é que é deliciosa. Tem gosto de cervo. É macia. Gostei de ter feito o que fiz", disse Venon à corte. Especialistas foram convocados para tentar estabelecer a responsabilidade penal do acusado e sua saúde mental. Em favor do réu, a defesa havia alegado problemas mentais, mas a acusação rejeitou as alegações de insanidade e o condenou a 30 anos de prisão, em 24 de junho de 2010.
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