Béla Kiss, nascido em 1877, foi um serial killer húngaro. Ele é acusado de ter assassinado pelo menos 23 mulheres e 1 homem e os conservou em tonéis gigantes de metal que ele mantinha em sua propriedade.Bela Kiss era um funileiro que vivia em Czinkota (uma cidade perto de Budapeste) desde 1900. Ele era um astrólogo amador e amante de outras práticas ocultistas. Ele era casado com uma mulher 15 anos mais nova e que logo arranjou um amante na cidade para a qual acabavam de se mudar, Czinkota, em fevereiro de 1912. Marie, esposa de Kiss e Paul Bikari, o seu amante, viveram um romance às escondidas até o momento da fuga, em dezembro de 1912, relatada por Kiss aos vizinhos. Não demorou muito tempo para que uma fila de mulheres batesse a porta do, agora, solteiro Kiss, que logo contratou uma governanta e começou a se corresponder com um grande número dessas mulheres atraentes e às vezes as levou para sua casa em Czinkota. No entanto, sua governanta, Senhora Jakubec, nunca conheceu nenhuma delas. Ao mesmo tempo em que as mulheres entravam e saiam, Kiss passou a colecionar tonéis de metal. As pessoas notaram que o Kiss tinha recolhido um número de tambores de metal. Ele contou à polícia da cidade, que o questionaram, que ele encheu de gasolina, a fim de preparar-se para o racionamento da guerra que se aproximava. Quando a Primeira Guerra Mundial começou, ele foi recrutado e deixou sua casa em cuidados da Senhora Jakubec. Em julho de 1916, a polícia de Budapeste recebeu um telefonema de um senhor de Czinkota que havia encontrado sete tambores metálicos de grandes dimensões. A polícia da cidade, que na época sofria com a falta de combustível, lembrou-se do “estoque de gasolina” de Kiss, e enviou soldados a eles. Ao se aproximar dos latões, um odor suspeito foi notado. O detetive Charles Nagy assumiu a investigação e abriu um dos tonéis, contra os protestos da Senhora Jakubec. Lá eles descobriram o corpo de uma mulher estrangulada. O conteúdo dos outros latões também era corpos nus conservadois em álcool. Ao todo foram encontrados 24 corpos. Entre as vítimas estavam os corpos de Marie e Paul, a mulher de Kiss e o amante dela. Nagy informou aos militares que deveriam prender Béla Kiss imediatamente, se ele ainda estivesse vivo. Havia também a possibilidade de que ele fosse um prisioneiro de guerra. O nome, infelizmente, era muito comum. Nagy prendeu a empregada Jakubec e pediu o serviço postal para investigar todas as cartas enviadas a Kiss, para o caso de ele ter um cúmplice que poderia avisá-lo. Nagy inicialmente suspeitou que Jakubec poderia ter algo a ver com os assassinatos, especialmente após descobrir que Kiss tinha deixado dinheiro para ela em seu testamento.Jakubec garantiu à polícia que ela não sabia absolutamente nada sobre os assassinatos. Ela mostrou um quarto secreto que Kiss lhe dizia para nunca entrar. A sala estava cheia de estantes, mas também tinha uma escrivaninha que continha uma série de cartas que Kiss recebia das mulheres, endereçadas a Herr Hoffmann, Kiss se correspondia com 74 mulheres e tinha um álbum de fotografias com elas. Ele tinha também muitos livros sobre venenos ou estrangulamento. Nagy descobriu várias coisas nas cartas. A mais antiga era de 1903 e tornou-se claro que Kiss estava roubando as mulheres que estava tendo encontros. Ele procurava nas colunas de jornais anúncios de mulheres atrás de namoro e selecionava principalmente as mulheres que não tinha parentes que morassem nas proximidades e que não conheciam ninguém que notasse rapidamente o desaparecimento. Cortejava elas e as convencia a lhe dar dinheiro. Se elas se mostrassem incômodas ele as matava. A polícia também encontrou registros de processos contra Kiss, que indicaram que duas das vítimas tinham iniciado processo judicial porque ele tinha tomado o dinheiro delas. Ambas as mulheres tinham desaparecido e o caso havia sido arquivado. Em 4 de outubro de 1916 Nagy recebeu uma carta que dizia que Kiss estava se recuperando em um hospital sérvio. Nagy chegou tarde demais, Kiss já tinha fugido e colocou o corpo de outro soldado em sua cama. Nagy alertou toda a polícia húngara. No entanto, todos os esforços foram em vão. Em outra ocasião, mais tarde, surgiu à especulação de que talvez Kiss tivesse falsificado a sua morte através da troca de identidades com um soldado morto durante a guerra. Ele supostamente foi avistado várias vezes nos anos seguintes e houve vários boatos sobre o seu destino, incluindo o de que ele tinha sido preso por roubo na Romênia ou que tinha morrido de febre amarela na Turquia. Em 1920, um soldado na Legião Estrangeira Francesa relatou que outro legionário chamado Hoffman (o nome que Kiss tinha utilizado em algumas cartas), se gabava de como ele era bom no uso de um garrote e que se encaixa na descrição de Kiss. “Hoffman” fugiu antes que a polícia chegasse até ele. Em 1932, o detetive de homicídios Henry Oswald afirma ter visto Kiss saindo do metrô na Times Square, em Nova York. Houve rumores de que o Kiss estava vivendo na cidade e que trabalhava como faxineiro, mas nada disso foi comprovado. O destino final de Kiss nunca foi descoberto. Este é dos poucos assassinos em série que mesmo tendo sido identificado pela polícia, conseguiu fugir. Bela Kiss nunca foi a julgamento, sequer o pegaram algum dia, sua história ficou no tempo e suas vítimas também. Reportagem
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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