terça-feira, 6 de outubro de 2009

Jairo Francisco Franco

Entre julho de 2007 e março de 2009, 14 pessoas foram mortas na região do Parque dos Paturis, em Carapicuíba, Grande São Paulo. O último caso foi registrado no dia 13 de março. Assim como em outros casos na área sob investigação, Ivanildo Francisco de Sales Neto foi encontrado com as calças abaixadas, o que caracterizaria um crime de intolerância à orientação sexual. Dos 14 assassinatos, em dois deles a arma utilizada foi uma pedra. As outras vítimas foram mortas com tiros de pistola 9 milímetros. Os tiros foram disparados, na maioria das vezes, na nuca. A maioria dos corpos também foi encontrada de bruços e as vítimas estavam seminuas, com a calça abaixada. Em 12 de fevereiro do ano passado, Ângelo Magalhães, de 34 anos, foi encontrado morto a pauladas. Os demais foram baleados. Parte das famílias contesta a versão do delegado de que as vítimas foram assassinadas no parque porque eram homossexuais. A auxiliar de creche Claudenice Moreira Lopes, 28 anos, afirmou que era casada havia oito anos com José Cícero Henrique, 32 anos. Ele foi a primeira vítima encontrada morta no parque, em 4 de julho de 2007. Segundo Claudenice, seu marido não era gay: "Meu marido era mecânico da Prefeitura de Carapicuíba e apenas costumava passar por esse local", argumentou a auxiliar de creche. A Polícia Civil de Carapicuíba, deteve em dezembro de 2008 o sargento aposentado da Polícia Militar Jairo Francisco Franco, acusado de participar de até então 13 assassinatos no Parque Paturis. O sargento, que seria o "maníaco do arco íris" (apelido dado pela imprensa em alusão a bandeira do movimento dos homossexuais), estava fora da corporação desde 1990 e trabalhou em batalhões de Carapicuíba e Osasco. Nesse último município o policial também é suspeito de ter cometido outros dois crimes, um deles contra um homossexual. O delegado seccional de Carapicuíba, Paulo Fernando Fortunato, disse que duas testemunhas "chaves" surgiram espontaneamente na delegacia para ajudar na descrição do assassino. Segundo o delegado, essas duas pessoas presenciaram uma das últimas mortes ocorridas no parque e foram fundamentais para a prisão do acusado. Foi o delegado Fortunato quem percebeu a ligação entre as mortes de Osasco e de Carapicuíba. Por meio de investigações, ele conseguiu saber que o policial aposentado andava freqüentando o Parque Paturis, que durante à noite atrai gays de diversos pontos da capital e da Grande São Paulo. Das 13 vítimas assassinadas, a maioria era homossexual, de origem humilde e foram encontradas com as calças abaixo do joelho, de costas e com um tiro na cabeça.De acordo com o delegado, o assassino atraia a vítima simulando a intenção de ter relações sexuais com elas e antes que isso acontecesse, ele atirava. Jairo Francisco Franco foi reconheci por uma testemunha, que fez o retrato falado. Além disso, há fortes evidências dele ser o assassino do travesti Pamela Peixoto, 27 anos, nascida Pedro João Itavan Peixoto, achado morto em Osasco com um tiro na cabeça em outubro de 2007. Segundo o delegado, ele não foi pego em flagrante, mas esteve com o travesti em um motel e há registro do seu documento na portaria do local. Duas testemunhas afirmaram à polícia que viram o sargento e a travesti entrando juntos no hotel, supostamente para um programa. Jairo trabalhou até julho deste ano no 14º Batalhão da PM, em Osasco. Ele está sendo investigado, também pela Corregedoria da PM e pela Polícia Civil, por ser suspeito de integrar um famoso grupo de extermínio formado por policiais militares de Osasco chamado de "Eu Sou a Morte". O comando da PM ainda não se pronunciou sobre o caso. As vitimas do Parque dos Paturis foram: José Cícero Henrique, de 32 anos, é morto. Era mecânico e estava casado havia 8 anos; José Adilson Pereira, de 58 anos. Era pedreiro e tinha filhos e netos; Ubiratan Santos Souza, de 35 anos. Morava em Osasco, na Grande São Paulo; José Carlos Raphael, de 43 anos. Morava em Osasco e era solteiro; Junior Ferreira da Silva, de 34 anos. Chegou ao parque em uma Honda CG; Anderson da Silva, de 26 anos. Chegou ao local a pé; Raimundo Francisco, de 35 anos. Era de Piauí e foi até o parque de bicicleta; Angelo Magalhães, de 34 anos. Foi o único morto a pauladas; Antonio Figueira, de 35 anos. Chegou ao parque de carro; Paulo Henrique Costa, de 29 anos. Era solteiro e frequentava o local; Silvan Souza, de 29 anos. Era de Carapicuíba e solteiro; Miguel Gonçalves, de 47 anos. Chegou ao local de Fiat Uno; Vítima não identificada. Foi morta a tiros e não teve a identidade divulgada e Ivanildo Francisco de Sales Neto, de 25 anos, tinha sinais de agressão a pauladas.

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SEMPRE LEMBRANDO, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO, JAIRO É INOCENTE.

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