terça-feira, 1 de setembro de 2009

António Luís Costa

António Luís Costa é um ex-soldado da GNR (Guarda Nacional Republicana) e serial killer de Santa Comba Dão, Portugal. Ele foi condenado em 2007 pelo assassinato de três jovens mulheres, entre maio de 2005 e maio de 2006. O cabo António Luís Costa, de 53 anos, é conhecido em Santa Comba Dão por uma alcunha simpática. Este homem bondoso, temente a Deus e amigo da ordem, da moral e dos bons costumes é muito estimado na cidade que acordou espantada com a notícia de que ele é um assassino em série. Ele foi julgado culpado pela morte de três vizinhas na flor de idade e que conhecia desde crianças. O homicida não perdia a missa de domingo e tinha a casa cheia de fotos do Papa João Paulo II. Ao longo dos 25 anos que serviu na GNR, revelou-se um militar dedicado, recebeu várias condecorações e elogios. Admirava o conterrâneo Oliveira Salazar, ex-ministro das Finanças de Portugal nascido em Vimieiro e considerado grande exemplo da fé católica, ao ponto de guardar com devoção uma foto emoldurada dele. António Costa é casado com Fernanda que é um ano mais nova do que ele e é cozinheira na escola Secundária. O casal tem dois filhos, um mora em Luxemburgo e o outro seguiu os passos do pai, alistou-se na GNR e em um posto na região de Lisboa. O cabo reformou-se da GNR em Abril do ano passado e encontrou mais tempo para se dedicar a duas grandes paixões: os jogos do Benfica e a política local. Deu tempo para matar a sangue frio. Ele é uma pessoa magra, ar de timidez e de baixa estatura. Tinha por hábito dar carona a todas as pessoas que encontrava pela estrada. Era tido como homem bem-educado e generoso, sempre disponível para ajudar os amigos. A primeira vítima de Costa foi Isabel Cristina Isidoro, que desapareceu em 24 de maio de 2005, seu corpo foi retirado do mar em 31 de maio de 2005. Como ela já tinha ido para a França sem avisar, quando ela desapareceu a família pensou que ela tinha voltado para lá para se juntar com o namorado e trabalhar, devido a isso nem alertaram à polícia. As amigas disseram a mesma coisa, já que uma vez ela fez isso e voltou depois de um mês, contou o seu tio Rui Isidoro, que foi colega de escola do homicida. Isabel, de 17 anos, tinha abandonado os estudos e ultimamente trabalhava em um restaurante. Irmã gêmea de um rapaz cresceu em Cabecinha de Rei, num meio familiar instável, com mais dois irmãos de 24 e 29 anos. Era prima e vizinha da terceira vítima. Apenas o corpo de Isabel, devolvido pelo mar, na Figueira da Foz, uma semana após o seqüestro, foi perfeitamente identificado.Mariana Lourenço desapareceu no dia 14 de outubro de 2005 e seu corpo mutilado foi encontrado em Junho de 2006. Ela era a única das três que freqüentava o ensino superior. Fazia o curso de Contabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital. Órfã de pai vivia com os tios em Catraia, perto de Cabecinha de Rei, nos limites de Santa Comba Dão. A mãe reside perto, em Mortágua. Apesar do ingresso no ensino superior, Mariana pouco tempo aproveitou isso. Foi atacada em 14 de Novembro de 2005 e nunca mais foi vista pelos amigos e pela família. O corpo foi encontrado mutilado, no sistema de filtragem da Barragem do Coiço, em Penacova. Mariana era amiga de Joana Oliveira. A terceira e última vítima foi Joana Oliveira, que desapareceu no dia 8 de maio de 2006. Nesse dia, Joana esteve na escola e foi a uma agência bancária para depositar um cheque. Sendo seqüestrada no regresso para casa, em Cabecinha de Rei. Um percurso de 15 minutos que ela fazia a pé. Sonhava ser psicóloga ou educadora infantil, Joana freqüentava o 2º ano na Secundária de Santa Comba Dão e estava preocupada com o desaparecimento da amiga Mariana, ocorrido seis meses antes. Muito doce, ela era a mais nova de três irmãos, os outros têm 22 e 28 anos, e tinha uma ótima relação com os pais. Seu corpo foi encontrado debaixo de uma ponte com base em indicações dadas por Costa. Segundo Costa, depois de ter tido relações sexuais consensuais com a primeira vítima e de ter beijado a segunda e a terceira vitimas, ele as sufocou quando elas ameaçaram contar para a sua esposa. António Costa atacou de seis em seis meses. Era vizinho das vítimas e a sua casa ficava no percurso entre a casa das vítimas e as escolas que duas freqüentaram e onde uma delas ainda estudava, sendo local de passagem diária obrigatória. Além disso, conhecia-as muito bem, porque fez parte da equipe de Segurança da Escola, cuja principal função é zelar pela segurança dos estudantes. Ninguém desconfiava de António Costa. Com a agilidade mental de um psicopata, o cabo da GNR na reserva desde Abril de 2005, planejou cada um dos ataques, atraindo as vítimas da forma mais simples de todas: dando carona para casa. Costa foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em 24 de junho de 2006. No começo, ele confessou os crimes, tanto à polícia quanto ao juiz que conduzia a investigação preliminar. Mais tarde, ele retirou a sua confissão e acusou um tio de Mariana Lourenço pelos crimes. Ele alegou que a polícia o coagiu a confessar, uma acusação desmentida pela PJ. O telefone de Costa foi grampeado e ele foi confessou os crimes à sua família em algumas ligações.O julgamento de Costa começou no dia 4 de julho de 2007, ele foi acusado de três assassinatos, três crimes de ocultação de cadáver, um crime de profanação do corpo (por despir um corpo), dois crimes de tentativa de coerção sexual e um crime de denúncia caluniosa (por acusar o tio de Mariana Lourenço pelos crimes). Durante o julgamento, Costa afirmou a sua inocência e permaneceu em silêncio, exceto para na primeira e na última sessão do tribunal. O Ministério Público pediu uma pena de 25 anos de prisão, o máximo permitido pelo direito Português, e disse que a única razão para eles não pedirem mais é porque não é possível. A promotoria disse que Costa agiu em um impulso sexual e que desde o início, ele tentou ser considerado louco como um meio de escapar do julgamento, no entanto, dois exames psiquiátricos feitos em Costa concluíram que ele era são o suficiente para ir a julgamento. A defesa alegou que os exames psiquiátricos de psicopatia não encontraram nenhum comportamento sexual promíscuo. Além disso, alegou a defesa que os direitos do defensor não foram respeitados, porque ele sempre foi tratado como um assassino em série psicopata culpado. A defesa disse que o depoimento de testemunhas podem não ser confiáveis devido a inconsistências e discussão do caso entre as testemunhas. A investigação policial foi criticada pela defesa, alegou que algumas pessoas não foram investigadas o suficiente.Em 31 de julho de 2007, o Tribunal concluiu que Costa era culpado de todas as acusações, exceto o crime de ocultar o corpo de Isabel Cristina Isidoro, já que ela ainda estava viva quando foi jogada no Oceano Atlântico. Costa foi condenado a 64,5 anos de prisão, reduzida para 25 anos, a pena máxima pelo direito Português. O caso levantou algumas críticas em relação ao Estado Português que define 25 anos de prisão como pena máxima. Algumas pessoas acreditam que penas mais graves devem ser permitidas.

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