Williamina "Minnie" Dean nascida em 2 de setembro de 1844 foi um neozelandesa que foi considerada culpada de infanticídio e acabou enforcada. Ela foi a única mulher a receber a pena de morte na Nova Zelândia. Minnie Dean nasceu em Greenock, no oeste da Escócia. Seu pai, John McCulloch, foi um engenheiro ferroviário. Sua mãe, Isabel Swan, morreu de câncer em 1857. Não se sabe quando ela chegou à Nova Zelândia, mas a década foi a de 1860, ela estava morando em Invercargill com dois filhos pequenos. Ela alegou ser viúva de um médico da Tasmânia, embora nenhuma evidência de um casamento tenha sido encontrada. Ela ainda estava usando seu nome de nascimento, McCulloch.Em 1872, casou-se com um dono de hotel chamado Charles Dean. Os dois viviam em Etal Creek, uma parada importante entre Riverton e as minas de ouro de Otago. Quando a corrida do ouro acabou o casal se voltou para a agricultura, mas logo enfrentaram grandes dificuldades financeiras. A família mudou-se para Winton, onde Charles Dean começou a criar suínos. Minnie Dean, entretanto, começou a ganhar dinheiro cuidando de crianças indesejadas. Numa época em que havia poucos métodos de contracepção e, quando nasciam fora do matrimônio, o parto não era aprovado, havia muitas mulheres que desejavam enviar seus filhos para adoção. Acredita-se que ela era responsável por até nove crianças. Ela recebia pagamento semanal ou em um montante fixo. A mortalidade infantil era um problema significativo na Nova Zelândia nesta época. Como tal, um número de crianças sob os cuidados de Dean morreu de várias doenças. Um inquérito foi realizado e Dean não foi considerada responsável pelas mortes. No entanto, Dean chegou a ser olhada com desconfiança pela comunidade, e circularam rumores de maus-tratos. Além disso, as crianças sob os cuidados de Dean desapareciam sem explicação. Na cabeça da população, Dean estava ligada a casos que ocorriam no Reino Unido e Austrália, onde mulheres estavam matando crianças que ficavam sob seus cuidados. As leis na época fizeram com que Dean mantivesse registros das crianças, ela concordou em fazer isso e provar que as crianças não tinham desaparecido. Em 1895, Dean foi observada embarcando em um trem carregando um bebê e uma caixa de chapéu, quando ela desceu do mesmo trem estava sem o bebê e só com a chapeleira, que, como vigilantes ferroviários testemunharam mais tarde, estava muito pesada. Uma mulher se apresentou alegando ter dado a neta para Dean e roupas identificadas como pertencentes a esta criança foram encontrada na residência de Dean, mas Dean não estava de posse dessa criança. Uma busca ao longo da linha férrea não encontrou nenhum sinal da criança. Dean foi presa e acusada de assassinato. Seu jardim foi vasculhado e três corpos (dois dos bebês, e um de um menino com aproximadamente três anos de idade) foram descobertos enterrados. Um inquérito concluiu que uma criança tinha morrido de asfixia e um havia morrido de uma overdose de láudano (utilizada em crianças para sedar-los). A causa da morte para a terceira criança não foi determinada. Dean foi acusada de assassinato. Em seu julgamento, o advogado de Dean, Alfred Hanlon, argumentou que todas as mortes foram acidentais, e que eles haviam sido cobertos para evitar publicidade adversa do tipo que Dean tinha sido previamente acusada. Em 21 de Junho de 1895, entretanto, Dean foi considerada culpada de homicídio e condenada à morte. Em 12 de agosto, ela foi enforcada em Invercargill pelo agente executor Tom Long. Ela foi a única mulher a ter sido executada na Nova Zelândia, e como a pena capital na Nova Zelândia foi abolida, é provável que ela seja a única a manter essa distinção. Ela está enterrada em Winton, ao lado de seu marido.
Biografia Parte 1 Parte 2
A série Hanlon - In Defence of Minnie Dean e o filme Ballad of Minnie Dean são baseados nesses acontecimentos.
Os livros Minnie Dean: Her Life and Crimes, de Lynley Hood ; The Trial of Minnie Dean, de John Oman Percival Watt e Minnie Dean: One Hundred Years of Memory Publishing, de John Rawle, são baseados nesses acontecimentos.
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