terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ted Bundy


Theodore Robert "Ted" Bundy, nascido Theodore Robert Cowell em 24 de novembro de 1946, foi assassino serial americano ativo entre 1974 e 1978. Era filho de uma moça muito jovem, que havia saído com um segurança algumas vezes e ficou grávida. Seus pais decidiram que quando a criança nascesse a assumiriam como se eles fossem os pais. Foi nesta casa que nasceu Theodore. "Ted" (ou "Teddy") acreditava que seus avós maternos eram seus pais e que sua mãe biológica era sua irmã. O pai verdadeiro ele nunca conheceu. Ted disse, anos depois, que amava o avô, mas outros membros da família declararam que o avô de Ted era um homem violento - chutava cachorros, agredia mulheres, entre outras coisas. Conta-se que quando Ted tinha 3 anos, uma tia sua, ao acordar, percebeu que ele estava a seu lado manipulando facas - e ela ficou com medo da criança.Quando tinha 4 anos, a mãe verdadeira mudou de cidade, levando ele, e um ano depois ela se casou. Theodore então recebeu o sobrenome Bundy. O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a cuidar. O marido da mãe até tentou estabelecer uma relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas. Na adolescência, Ted Bundy passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política.Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes empregos. Em 1967, aos 21 anos, Ted Bundy conheceu uma garota bonita e de boa família, Leslie Holland. Aparentemente, foi com ela que ele teve sua primeira relação sexual, e Ted gostava mais dela do que ela dele. Ela o achava sem objetivos e ele, com mentiras, ele tentava impressioná-la. Suspeita-se que, nesta época, ele também cometia furtos (até de carros). No ano seguinte, ela terminou com ele, após se formar. Ted ficou um tempo deprimido e obcecado com ela. Em 1969, Ted finalmente ficou sabendo que sua "irmã" era na verdade sua mãe. Não mudou o comportamento com ela, mas ficou ainda mais distante do pai adotivo. Ted estudou Psicologia na universidade, e seus professores gostavam dele, que tinha um bom desempenho. Bundy conheceu então uma secretária tímida, separada e com uma filha, com quem ele se envolveu por cinco anos, Elizabeth Kloepfer ou Elizabeth Kendall (pseudônimo adotado por ela ao escrever um livro sobre sua história, " The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy "). Ela queria se casar com ele, ele dizia ainda não estar "na hora", e ela suspeitava que ele pudesse estar mantendo outros relacionamentos. Ted levava uma vida aparente normal. Recebeu uma medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. Começou a se envolver com a política. E prestava assistência, como voluntário, em um serviço telefônico de ajuda emocional a pessoas em crise. Ann Rule, que escrevia artigos policiais para revistas, por um ano foi sua colega neste serviço, na Crisis Clinic. Ela falou que nas noites de domingos e terças-feiras, ficavam apenas os dois em uma casa. Por uma enorme coincidência, pouco depois ela foi contratada por uma editora para escrever um livro sobre o serial killer que assombrava a região, mas que ainda não havia sido identificado. Ted era membro ativo do Partido Republicano e, em 1973, em uma viagem do partido, reencontrou a primeira namorada, Leslie, com quem ele ainda falava ocasionalmente. Como ele estava mudado, ela se interessou nele, e mantiveram encontros, sem ela saber de Elizabeth. Mas logo ele mudou, ficou frio, perdeu o interesse nela. Em fevereiro de 1974, ele desapareceu da vida dela.A primeira vítima de Ted Bundy foi Linda Ann Healy, uma bela jovem, que trabalhava em uma rádio como comentarista do tempo. Tinha 21 anos e estudava Psicologia. Ted tinha 27 anos. Na noite de 30 de janeiro de 1974, ela saiu para um pequeno bar próximo a sua casa, com amigas com as quais morava, para tomar uma cerveja após o jantar. Logo se despediu das amigas, disse que iria para casa ver televisão e ligar para o namorado. Pela manhã, a sua cama estava vazia. No fim do dia, seus pais estranharam, pois ela não apareceu na casa deles como de costume, e chamaram a polícia. No seu quarto, a cama estava arrumada de um jeito diferente do habitual e alguns objetos faltavam. Também encontraram vestígios de sangue. A polícia não suspeitou da gravidade do caso e não recolheu muitas provas. Seu crânio só seria achado no ano seguinte, com marcas de espancamento severo. O resto de seu corpo nunca foi encontrado.Nos meses seguintes, outros desaparecimentos aconteceram, e todas as garotas eram parecidas em alguns aspectos: brancas, jovens, com cabelos escuros, longos e, geralmente, repartidos ao meio. Algumas pessoas que as viram antes de sumir relataram tê-las visto conversando com um homem usando gesso no braço e pedindo ajuda para carregar alguns livros. Em agosto de 74, a polícia encontrou, em um parque, os crânios de duas garotas, Janice Ann Ott de 23 anos e Denise Marie Naslund de 19 anos, ambas desaparecidas no dia 14 de julho, em horários diferentes. Uma testemunha deste caso ouviu o assassino dizer às garotas, quando as abordou, que se chamava Ted. Outras duas mulheres, juntas, haviam sido abordadas por Ted no mesmo dia e local, mas não o ajudaram a carregar os livros para seu carro. Por causa de denúncias decorrentes do divulgado retrato falado do suspeito, Ted Bundy passou a ser investigado. Uma amiga de Elizabeth Kendall, a namorada de Ted, também viu o retrato falado e o achou parecido com Ted. Havia mais motivos para Elizabeth acreditar, como o Fusca (Ted tinha um) e a atadura (ela viu uma nos pertences dele, mas nunca o havia visto usá-la) usados pelo criminoso. Elizabeth entrou em contato com a polícia, que solicitou retratos de Ted – mas testemunhas dos seqüestros não o reconheceram nas fotos. A polícia deixou Ted de lado. Ted foi para outro Estado (ele acabaria matando em vários Estados diferentes). Em outubro, a filha do chefe de polícia de Midvale, Utah, Melissa Smith, de 17 anos, foi estrangulada, estuprada e sodomizada. Já Laura Aime, de 17 anos desaparecida durante uma festa de halloween, sofreu pancadas no rosto e a mesma violência sexual em Lehi, Utah. Em novembro, Ted conseguiu colocar Carol DaRonch em seu carro. Quando tentou algemá-la, ela escapou do carro. Ele saiu com uma barra de ferro atrás dela, mas ela chutou seus testículos e saiu correndo. No mesmo dia, ele capturou Debra "Debi" Kent no estacionamento de uma escola em Bountiful, Utah. Uma outra vítima sobrevivente, Joni Lenz, atacada em 1974, foi encontrada em seu quarto, tendo apanhado muito e com um apoio da cama enfiado em sua vagina. Ficou com seqüelas físicas e emocionais o resto da sua vida. Em 1974 ainda desapareceram Donna Gail Manson de19 anos que foi seqüestrada durante um concerto de jazz em Olympia, Washington, o corpo nunca foi encontrado, mas Ted confessou o crime. Susan Elaine Rancourt de18 anos sumiu em Seatlle voltando da faculdade à noite. Brenda Carol Ball, de 22 anos desapareceu do Flame Tavern in Seattle, Washington. Roberta Kathleen "Kathy" Parks de 22 anos desapareceu da Oregon State University, em Corvallis enquanto caminhava para outro dormitório para tomar café com os amigos. Georgeann Hawkins de18 anos desapareceu da casa da irmandade Kappa Alpha Theta, da University of Washington. Nancy Wilcox de 16 anos desaparecey em Holladay, Utah e seu corpo nunca foi encontrado. Bundy é um suspeito no assassinato de Carol Valenzuela, que desapareceu de Vancouver, Washington, 2 de agosto de 1974. Seus restos mortais foram descobertos dois meses depois, ao sul de Seattle, Washington, juntamente com os de uma mulher não identificada. Ted Confessou ter dado carona a uma adolescente desconhecida em Idaho, e depois ter a matado. Em janeiro de 75, a vítima foi Caryn Campbell de 23 anos, em Snowmass, Colorado, encontrada quase um mês depois, perto de uma estrada, o corpo comido por animais. Poucos meses depois, desapareceu Julie Cunningham de 26 anos em Vail, Colorado. Denise Oliverson de 25 anos foi raptada enquanto ia de bicicleta visitar seus pais em Grand Junction, no Colorado. Bundy forneceu detalhes de seu assassinato, mas seu corpo nunca foi encontrado. Ainda em 1975 Lynette Culver de 13 anos foi capturada no pátio da escola Alameda Junior High School em Pocatello, Idaho, seu corpo nunca foi encontrado. Susan Curtis de 15 anos desapareceu enquanto caminhava sozinha para os dormitórios durante uma conferência de jovens na Universidade Brigham Young em Provo, Utah. Seu corpo nunca foi encontrado. Ainda em 1975 Bundy é suspeito do assassinato de Melanie Suzanne "Suzy" Cooley, que desapareceu em 15 de abril, após deixar a Nederland High School em Nederland, Colorado. Seu cadáver espancado e estrangulado foi descoberto por trabalhadores de manutenção de estradas em 2 de maio de 1975, nas proximidades Coal Creek Canyon. Bundy abasteceu o carro nas proximidades no dia do rapto de Cooley. O Xerife do condado de Jefferson, Colorado, classificou o assassinato de Melanie Cooley como um arquivo morto. Entre 1974 e 1978, Ted fez cerca de 36 vítimas. Bundy nunca confirmou o número exato. Em uma ocasião, quando mencionaram este número, ele deu um sorriso e disse aos detetives: “Acrescentem um dígito e terão o total.” A escritora Ann Rule pergunta: "Ele queria dizer 37? Ou 136? Ou 360?". Ou quis apenas "brincar"? Em agosto de 1975, um policial achou suspeito um motorista que rondava um bairro. Quando tentou abordá-lo, ele fugiu, mas acabou batendo. O policial notou que faltava o banco de passageiros do carro. E foram encontrados uma barra, uma máscara de esqui, algemas, uma corda e um picador de gelo. Ted foi preso.Carol, aquela que fugiu do carro, o reconheceu. Assim como conhecidos de Debby, que o viram a abordando. Ele alegava inocência.A namorada Elizabeth, depondo, disse que no último ano Ted tinha pouco interesse sexual e, quando tinha, queria praticar alguma violência leve. E forneceu informações valiosas, como o paradeiro dele no dia dos sumiços. Outras pistas foram surgindo. Em fevereiro de 1976, Ted Bundy foi levado a julgamento pelo seqüestro de Carol. Ele estava tranqüilo. E negou a acusação. Entretanto, foi condenado à prisão. Preso, foi avaliado por psicólogos que, entre várias hipóteses, lançaram uma interessante teoria sobre o seu funcionamento psíquico: Ted tinha medo de ser humilhado em suas relações com as mulheres. Enquanto isto, a investigação dos outros crimes continuava, e provas se avolumavam. Na preparação para o julgamento do caso Caryn, Ted ficou insatisfeito com seu advogado. Ele resolveu defender a si mesmo (atitude permitida nos EUA). Ele tinha autorização para ir à biblioteca da prisão, estudar para a sua defesa. Mas Ted tinha outros planos... Em junho, ele pulou por uma janela aberta da biblioteca. Machucou-se, mas estava livre. Cerca de 150 homens saíram à sua caça, mas não conseguiram achá-lo. Nesta época, Ted sentia-se invencível. "Nada saía errado. Se algo saía, a próxima coisa que acontecia era tão boa que compensava. Era até mesmo melhor", disse ele posteriormente. Bundy roubava alimentos, dormia em vários locais diferentes. Quando conseguiu roubar um carro para sair da cidade, foi pego. Agora, quando ia à biblioteca da prisão, era algemado e com ferros nos pés. Mas ele não desistiu. Escapou de sua cela, pelo teto, e parou na sala de um guarda. Depois, saiu pela porta da frente do presídio. Quando perceberam seu desaparecimento, ele já estava a caminho de outro Estado, onde se alojou usando um nome falso. Passava os dias no campus de uma faculdade, onde assistia a algumas aulas, ou ficava em casa vendo televisão - roubada, é claro, assim como tudo mais no apartamento. Em janeiro de 1978, Ted Bundy entrou em um alojamento feminino de estudantes (o Chi Omega na Universidade Florida State University, Tallahassee, na Flórida.). Ted agiu desesperadamente, freneticamente, como quem precisasse saciar uma longa abstinência de violência, sexo e sangue. As garotas foram atacadas enquanto dormiam. Duas morreram. Em uma, Lisa Levy de 20 anos, o mamilo quase foi arrancado por uma mordida, além de ter sofrido invasão sexual com uma lata de spray para cabelo. Em outra, Margaret Bowman de 21 anos, o cérebro ficou exposto, resultado das pancadas que recebeu na cabeça. Duas outras, Karen Chandler e Kathy Kleiner DeShields, ficaram paraplégicas. Ted Bundy teve que fugir porque uma, além de ter visto seu rosto, conseguiu reagir. A poucas centenas de metros dali, Ted atacou outra mulher, Cheryl Thomas, no apartamento dela. Os gritos acordaram os vizinhos e a polícia chegou logo, e a encontrou viva. Haviam poucas provas deixadas esta noite: fios de cabelo em uma máscara, a marca de uma mordida nas nádegas de uma vítima... Kimberly Leach, finalmente, foi a última vítima conhecida de Ted. Ela tinha 12 anos, e o caso aconteceu em fevereiro de 78. Ela foi raptada de sua escola secundária em Lake City, Flórida. Ela foi estuprada, assassinada e o corpo foi jogado no Suwannee River State Park, na Flórida. Seu corpo só foi achado semanas depois. Nesse mês de fevereiro ainda, um policial suspeitou de um Fusca desconhecido na região que patrulhava. Ted tentou fugir, mas parou e, quando ia ser algemado, iniciou luta com o guarda. O guarda venceu. Ted seria levado a julgamento pelos crimes no Chi Omega e pelo assassinato de Kimberly. Agora ele já era um serial killer notório. Novamente, assumiu sua defesa e negava os fatos. O julgamento do Chi atraiu bastante a imprensa. A testemunha ocular do Chi complicou Ted. Mas a prova mais contundente foi à análise da mordida - a marca dos dentes na nádega batia exatamente com a dentição de Ted. Sem expressar emoção, Ted Bundy escutou o veredicto: culpado. Mas a pena seria decidida em outro julgamento, ainda. A mãe de Ted chorou e pediu por sua vida. Ted culpou a mídia por sua condenação e disse que seria um absurdo pedir perdão por algo que ele não fez. Nada adiantou. Ted foi duplamente condenado à morte, na cadeira elétrica. Foram estes julgamentos que ajudaram a tornar Ted tanto um "monstro", para a maioria das pessoas, quanto um ídolo para algumas – ele era bonito, bem articulado. Mas ainda havia o julgamento do caso Kimberly. Desta vez, ele aceitou advogados, que resolveram tentar a alegação de insanidade mental. Ted estava aparentemente nervoso e discutiu com uma testemunha. A prova mais contundente foi o encontro de fibras da roupa da garota no veículo que Ted estaria usando na época. O julgamento durou um mês! Culpado, mais uma vez. No dia da deliberação do veredicto, exatamente dois anos após a morte de Kimberly, ele e Carole Ann Boone, testemunha de defesa, trocaram votos de casamento e, segundo as leis locais, se isto fosse feito em ambiente legal o casamento seria considerado válido. Isto pegou a todos de surpresa. Mas não mudou em nada a pena. Ted foi condenado à morte, mais uma vez. Outros advogados tentaram apelação, que foi negada. A morte estava marcada para março de 1986. Enquanto outra apelação corria, a data da execução foi remarcada, para janeiro de 1989. Nesse ínterim, Ted ainda ajudou a polícia a pensar no caso do "Green River killer" - segundo Robert Keppel, o detetive que conversava com Ted, disse que Bundy aparentava ciúmes ou inveja deste outro assassino. Ted resolveu contar alguns detalhes de seus crimes. Disse que guardou a cabeça de algumas vítimas como troféu. Também falou de necrofilia. Este policial estima que Ted possa ter feito mais de cem vítimas, algumas antes da primeira conhecida. Ted tentou, no fim, negociar um prazo de mais alguns anos de vida em troca de mais algumas confissões, sem sucesso. Após o anúncio de sua morte, o público de fora da prisão ovacionou e foguetes estouraram no céu. Bundy foi executado no estado da Flórida em 1989. Seu corpo foi cremado. Reportagem

Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5

Ted Bundy no tribunal

Última Entrevista Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5

Muitos filmes falam de Bundy, dentre eles The Deliberate Stranger , Ted Bundy ,The Stranger Beside Me, The Riverman , Bundy A Legacy Of Evil (An American Icon)

Assim como os filmes, os livros são muitos também, alguns deles são The Riverman: Ted Bundy and I Hunt for the Green River Killer, de Robert Keppel; The Phantom Prince: My Life With Ted Bundy, de Elizabeth Kendall; Bundy: The Deliberate Stranger, de Richard Larsen; The Only Living Witness e Ted Bundy: Conversations with a Killer. Transcripts of the authors' Death Row interviews with Bundy, de Stephen Michaud e Hugh Aynesworth; Defending the Devil: My Story as Ted Bundy's Last Lawyer, de Polly Nelson e The Stranger Beside Me, de Ann Rule.

3 comentários:

  1. A história desse serial killer é curiosa, sua mente realmente devia ser mais trabalhada, para evitar que uma coisa dessas aconteça novamente.

    Fiz um artigo completo sobre o Ted Bundy também, se der passa lá e veja o que achou:

    TED BUNDY

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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