domingo, 30 de agosto de 2009

Antonis Daglis

Antonis Daglis (Αντώνης Δαγλής), nascido em 1974 é um serial killer grego que foi condenado pelo assassinato de três mulheres e tentativa de assassinato de outros seis em Atenas, em 23 de janeiro de 1997. Conhecido como o “Estripador de Atenas" , ele foi condenado a treze penas de prisão perpétua, e mais 25 anos. Daglis, um motorista de caminhão matou 3 prostitutas de Atenas entre 1992 e 1995. Ele era um criminoso reincidente juvenil desde os 14 anos. Primeiro ele foi fichado em 1988 por tentar estuprar uma garota e em 1989 ele foi preso por agredir um grupo de homens no Zappeion com uma faca. No Outono de 1995, o medo começou a rondar os prostíbulos de Atenas. Em dois meses, oito mulheres foram atacadas por um jovem desconhecido, que circulava em uma van branca, que se apresentava como um cliente e se tornava um estrangulador. O primeiro ataque ocorreu no início de setembro, próximo a um ponto de taxi, após manter relações sexuais com uma prostituta, ele tentou esfaqueá-la e roubou 11.000 drachmas (moeda extinta grega). Em 7 de setembro, o mesmo homem tentou estrangular com uma corda, perto do Estádio da Paz e da Amizade uma prostituta de 38 anos e roubou 49.000 drachmas. Poucos dias depois, em um estacionamento, outra prostituta de 29 anos foi atacada, ele tentou a estrangular e roubou 10.000 drachmas. Em meados de setembro, o desconhecido atacou novamente, desta vez uma mulher de 31 anos. O homem tentou novamente estrangular e roubou 100.000 drachmas. Poucos dias depois, uma mulher inglesa chamada Ann Hamson, de 30 anos foi a vítima. Segundo relatos da própria vítima, ele a levou para perto do deserto, colocou uma corda em volta do seu pescoço e a forçou a fazer sexo oral. Ele disse a ela que todas as prostitutas deviam morrer. Ela então explicou a ele que não era uma prostituta e que estava fazendo este trabalho porque queria arrecadar dinheiro para comprar a passagem devolta para seu país. Então ele me disse a ela para ir embora, mas tomar cuidado. No início de outubro, outra prostituta de 33 anos foi à nova vítima do homem desconhecido. O bandido levou a prostituta para uma área desértica e tentou a estrangular e mais uma vez roubou 10.000 drachmas. Cerca de uma semana depois, em um estacionamento mais uma jovem foi atacada, ela disse que ele deu um soco nela e levou 30.000 drachmas e jogou num saco, e que ele ameaçou matar ela se a visse denovo. Em 18 de outubro, o mesmo homem tentou estrangular uma jovem, 29 anos no meio de um deserto localizado próximo a uma avenida central de Atenas. Estes ataques a prostitutas estavam apavorando a todos em Atenas, mas a policia pouco se mobilizou porque não havia ainda uma prova formal. Mas, em 29 de outubro, a situação mudou quando nas proximidades de um pedágio na Estrada Nacional de Atenas foi descoberto acidentalmente o cadáver da prostituta Eleni Panagiotopoulous, de 29 anos. Os membros estavam espalhados em várias partes da região, o assassino tinha removido as entranhas e tinha cortado os bicos dos seios da vítima. A causa da morte foi determinada por estrangulamento, o médico legista falou de canibalismo “extremo”. Quase dois meses depois, ao meio-dia de 25 de dezembro em um beco estreito, pedestres descobriram o cadáver de uma jovem. Seminua, vestindo apenas cueca calcinha e encontrada deitada ao lado de suas roupas e com um saco de artigos pessoais. Rapidamente descobriram que sua morte era resultado de estrangulamento. Tratava-se da prostituta Lazarou Athina, de 26 anos. A descoberta de dois corpos gerou pânico entre as prostitutas e mobilizou a polícia e, imediatamente após a descoberta do segundo cadáver chegaram às denúncias a policia de duas mulheres que escaparam. Essas mulheres descreveram as características do suspeito e afirmaram que ele dirigia uma van branca. Os policiais mostraram fotos para as mulheres e lá, entre outros rostos, conheceram o homem que atacava. Este era Antonis Daglis, um jovem loiro de olhos azuis, que trabalhava como motorista numa fábrica e vivia com sua mãe em um apartamento . Aos 14 anos, ele foi acusado de tentar estuprar uma criança e teve prisão preventiva de seis meses de detenção juvenil, embora mais tarde tenha sido absolvido. Pouco depois de sua libertação, ele foi preso novamente, carregando ilegalmente uma faca no jardim do Zappeion. Imediatamente, o suspeito foi colocado sob vigilância. Policiais viram a van branca em 21 de janeiro de 1996 e viram Daglis negociar com algumas prostitutas. A polícia tentou prendê-lo no ato, mas como não foi fácil, e temendo o perder de vista, decidiram esperar mais um pouco para avançar com a prisão. Assim, em 24 de janeiro ele foi preso. Dentro da van encontraram uma pequena cruz esculpida, que a policia descobriu que pertencia a Eleni Panagiotopoulous. A polícia se sentiu aliviada. Agora eles tinham certeza de que tinham pegado o infrator. Após a sua detenção, Daglis confessou o estupro, estrangulamento e desmembramento de duas mulheres e tentativa de assassinato de mais seis, e de ter roubado de todas as oito mulheres.Os detalhes dos assassinatos e a confissão chocaram até mesmo os policiais mais experientes. Na seqüência das investigações, a polícia pegou o arquivo de um caso anterior, quando em Outubro de 1992 foram descobertos membros cortados do corpo de uma mulher, já que havia muitas semelhanças na maneira como o assassinato de Panayotopoulos. Quatro dias depois de sua prisão, ele confessou que era o responsável por esse crime. Em 26 de Outubro de 1992, em um táxi roubado, ele deu carona a uma mulher estrangeira, cerca de 35 anos que disse se chamar Katie. Durante o contato sexual, ela a estrangulou com as mãos. Então ele a levou morta para a sua casa e a desmembrou, cortando o corpo em mais de 30 partes.Ele jogou um saco com partes da vítima dentro do rio Kifissós. A descoberta do crime ocorreu em 27 de outubro, quando um jardineiro encontrou, em estado de decomposição, uma perna da vítima. Dois dias depois, o cheiro terrível aumentava no lixo de uma praça pública atraindo a atenção de uma mulher que passava por lá, que em seguida informou a polícia. Daglis morava com a mãe e o irmão. Seu pai morreu em 1986, quando ele tinha 12 anos, o irmão mais velho estava na prisão, por se recusar a servir o serviço militar e se converteu em Testemunha de Jeová.Seu pai era um bêbado violento e muitas vezes batia e xingava próprios filhos. Após sua morte, foi o declínio de toda a família. Ele deixou a família com uma dívida infinita. Confiscaram tudo. Em entrevista, após a prisão, a noiva de Daglis disse que amava ele e que ele não tinha feito aquilo e que ele não fazia nada de ruim com ela após as relações sexuais. O julgamento foi marcado por muitos problemas: o dia que estava previsto para começar o julgamento, Daglis tentou amputar a própria perna esquerda e teve que levar 122 pontos e ficar um dia internado no hospital. Das vítimas, apenas uma compareceu (Hamson), enquanto sua mãe, que era a única testemunha de defesa, não conseguiu concluir o seu próprio testemunho, pois durante esse ela sofreu um estresse emocional e teve um acidente vascular cerebral leve e foi levado às pressas para o hospital, ficando paralisada do lado direito. Ao longo da audiência, Daglis permaneceu quieto e só reagiu quando sua mãe desmaiou descrevendo a infância difícil de seu filho e que tinha vivido com o marido, e nos anos seguintes. Durante a audiência, a defesa tentou argumentar que ele era doente. Daglis tinha perversão sexual e sofria de doença mental. Mais tarde, ele admitiu que desmembrou os corpos de Eleni Panagiotopoulou, 29 anos, e Lazarou Athina, 26 anos, com um serrote e os eliminou em várias partes de Atenas Durante seu julgamento, Daglis disse ao tribunal: "Eu odiava todas as prostitutas e continuo odiando. Eu fui ao encontro delas por sexo, mas de repente imagens vinham em minha cabeça. Ouvia vozes que me mandavam matar. Eu pensei em estrangular minha noiva, mas me contive”. A ação de Antonis Daglis, preso em janeiro de 1996, estarreceu a população. Os assassinatos das três prostitutas, o esquartejamento dos cadáveres, as tentativas de homicídio, os roubo, etc., geraram várias discussões sobre a personalidade do delinqüente. A pena imposta a ele foi o maior em décadas na Grécia.

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