sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cayetano Santos Godino

Cayetano Santos Godino nasceu em Buenos Aires, Argentina em 31 de outubro de 1896 era também conhecido como "Petiso Orejudo" ("Anão Orelhudo"), foi um assassino em série que apavorou Buenos Aires, com apenas 16 anos. No início do século 20, ele foi o responsável pelo assassinato de quatro crianças, a tentativa de assassinato de mais sete crianças e ao incêndio de sete construções. Era um dos oito filhos de Fiore Godino y Lucía Ruffo, imigrantes da Calábria. Seu pai, era alcoólatra e abusivo. Ele contraiu sífilis antes de Godino era naser, causando a ele sérios problemas de saúde infantil. Dos cinco aos dez anos Cayetano passou por muitas escolas, porque sempre era expulso. Em 28 de septiembre de 1904, com apenas sete anos ele cometeu seu primeiro delito: levou Miguel de Paoli, um menino com menos de 2 anos de idade a um terreno baldio onde estava o espancando até ser detido por um policial. Em 1905, e com o mesmo modus operandi, Cayetano levou sua vizinha Ana Neri, também com menos de 2 anos de idade, a um terreno baldio onde começou a golpear a cabeça da menina com uma pedra. Por sorte mais uma vez apareceu um policial. Ele foi detido, mas foi liberado na mesma noite. Em março de 1906, voltou a levar uma menina a um terreno baldio onde tentou estrangular ela e então enterrou ela viva. Foi sua primeira morte. Com 10 anos Cayetano passava o tempo torturando animais e se masturbava compulsivamente, não sabendo o que fazer com ele, seus pais disseram à polícia, resultando em um período de dois meses em uma prisão juvenil. Em 9 de setembro de 1908 tentou afogar Severino González Caló, de menos de 2 anos, mas novamente foi detido a tempo e liberado no dia seguinte. Em 15 de setembro, tentou queimar as pálpebras de Julio Botte, também com menos de 2 anos, mas desta vez conseguiu escapar. Em 6 de dezembro, os pais o levaram até a delegacia , mas desta vez ele ficou três anos trancado na Colônia Juvenil Marcos Paz, mas, a pedido de seus pais foi libertado em 23 de dezembro de 1911. Em 17 de janeiro de 1912, Godino tocou fogo em um depósito na Rua Corrientes. Quando foi preso, ele disse à polícia: "Eu queria ver os bombeiros trabalhando. É bom poder ver como eles caem no fogo."Em 26 de janeiro de 1912 foi encontrado morto em uma casa desocupada Arturo Laurona, de 13 anos. Em 7 de março desse mesmo ano, Godino incendiou o vestido de Reyna Vainicoff, de 5 anos, que não se recuperou e faleceu alguns dias depois. No final de setembro, tocou fogo em uma estação de trem, incêndio que foi controlado pelos bombeiros. Em 8 de novembro tentou estrangular Roberto Russo, mais uma vez foi detido. Desta vez foi processado por tentativa de homicidio, mas foi liberado por falta de provas. Em 16 de novembro ele agrediu Carmen Ghittoni, mas só causou feridas leves a ela, Cayetano foi detido por um policial. Em 20 de novembro ele sequestriu Catalina Neolener, que começou a gritar e alertou um vizinho que conseguiu a socorrer. No fonal de novembro ele incendiou dois galpões, que foram rapidamente apagados.Em 3 de dezembro de 1912 ele viu Jesualdo Giordano brincando na frente de sua casa e se ofereceu para comprar alguns doces para convencê-lo a ir com ele. Em um bar ali perto, ele comprou doces e deu alguns para o menino. Prometendo dar mais, Godino levou Giordano para um barraco próximo. Quando eles estavam lá dentro, atirou o menino no chão e tentou sem sucesso sufocá-lo com uma corda que usava como cinto. Então, ele cortou essa corda e amarrou as mãos e as pernas do menino. Ele começou a espancá-lo e dar marteladas na sua cabeça. Ele saiu da casa para procurar um prego e viu o pai Giordano, a quem disse que não sabia onde estava o menino. Ele, então, entrou novamente na casa com o prego. Enfiou no lado do crânio de Giordano e escondeu o cadáver. O corpo foi encontrado pelo pai, minutos mais tarde. Às 8 da noite, Godino foi ao velório e tocou na parte do crânio onde ele havia colocado o prego. Às 05h30min da manhã do dia 4 de dezembro de 1912, ele foi preso pela polícia, confessando seus crimes. Em 4 de janeiro de 1913, ele deu entrada no Hospício de las Mercedes, onde tentou matar alguns dos internos. Devido aos relatórios médicos, que declararam que ele era louco, o juiz interrompeu o caso e determinou que ele ficasse no hospício julgando ele incapaz de entender a natureza de seus atos. Isto foi confirmado pelo juiz de segunda instancia, mas em 12 de novembro de 1915 a Câmara de Apelações o condenou a prisão perpétua julgando que ele não era completamente louco e que um tratamento no hospício tinha dado resultado, o recurso foi aprovado ordenando que ele fosse transferido para a Penitenciária Nacional em 20 de novembro.Em 28 de março de 1923, Godino foi transferido para a Penitenciária de Ushuaia. No ano de 1933, ele passou algum tempo no hospital por uma surra que ele levou de alguns presos depois de ter matado dois gatos de estimação dos apenados. De 1935 em diante, ele sempre esteve doente e não recebeu visitas até que morreu no dia 15 de novembro de 1944 em circunstâncias duvidosas.

O livro La Leyenda Del Petiso Orejudo, de Leonel Contreras baseia-se nesses fatos.




O filme El Niño de Barro também se baseia nesses acontecimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

<