sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Psicopatia

Psicopata, na verdade, designa toda pessoa que sofre de doença mental seja neurose ou psicose ou tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanálitica são os portadores de neuroses de caráter ou perversões sexuais.

História

Em obras francesas do século XX, o termo psicopata passou a ser utilizado como sinônimo de psicótico. Alguns estudos psicológicos mais recentes apontam para outro caminho; segundo alguns autores, os indivíduos psicopatas são perversos, mesmo que os indícios nosológicos tenham tendência a mostrar que os chamados psicopatas possa ser personalidades psicóticas de tipo limítrofe (entre a neurose e a psicose).

Teoria

Segundo a teoria pela qual uma pessoa psicopata é uma pessoa perversa, supõe-se que nesta classe de doença, o doente é um sujeito que se mantém a par da realidade, mas que carece de Superego. Isto faz com que a pessoa psicopata possa cometer atos criminosos sem sentir culpa.
A noção, cada vez mais reforçada de que as personalidades psicopatas são quase-psicóticas, se enquadram dentro das estruturas de personalidades borderline (importante ressaltar que a estrutura borderline é diferente do transtorno de personalidade borderline). Não obstante, as pessoas psicopatas têm condutas criminais sem nenhum sentimento de culpa, mantendo plena consciência dos seus crimes ou das suas intenções criminais.
A natureza do superego, enquanto introjeção das regras sociais e as formas de conduta que são apreendidas e interiorizadas pelos indivíduos no processo de socialização tem sido revisto a partir de várias concepções psicossociais em especial as noções de self de Mead e as concepções de desvio - outsiders de Goffman e Parker as denominadas teorias sociológicas da psicologia social

Assassino em Série (Serial Killer)

Uma personalidade psicopata não se restringe ao assassino em série. Um psicopata pode ser uma pessoa simpática e de expressões sensatas que, sem motivo aparente, não vai deixar de cometer um crime quando tiver uma oportunidade e, tal como explicado acima, faz sem sentir culpa pela sua ação.
O contexto social em que é interpretado o ato agressivo forma o criminoso ou o justiceiro social, o policial autorizado a cometer crimes (soldado mandado). Contudo na agressividade psicopatológica dos denominados sociopatas há sempre de se identificar as motivações sádicas que caracterizam o instinto de morte da espécie humana.
Apesar do ainda controverso tema da existência do instinto agressivo em nossa espécie, pelo menos entre as teorias psicanalíticas não há dúvidas sobre a natureza da compulsão à repetição e características sádicas de suas manifestações descritas por Freud no célebre ensaio: Além do princípio do prazer, 1922.

Código Penal

Do ponto de vista penal existe o dilema, amplamente discutido, sobre se uma personalidade doente é imputável, especialmente se é de origem psicótica. Mesmo que se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoas sádicas, estupradores, etc.) há tendência para sustentar que há uma punição correspondente, dado que, mesmo doente, a pessoa mantém consciência dos seus atos e pode evitar de cometê-los.
O direito penal usa como formas de classificar a capacidade mental do agente: entendimento por parte do agente se o ato que ele cometeu é ilegal e se mesmo sabendo que é ilegal, consegue se autodeterminar, ou seja, consegue não cometer o ato. Os psicopatas, no entanto, muitas vezes conseguem entender que seus atos são errados, porém não conseguem se autodeterminar com relação ao seu entendimento. Ocasionando com isso os crimes bárbaros e, podem os psicopatas, tornarem-se assassinos em série.

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