segunda-feira, 17 de agosto de 2009

John Allen Muhammad e Lee Boyd Malvo


John Allen Muhammad ou John Allen Williams é um americano convertido ao Islã. É um assassino americano em série (serial killer). Com o filho adotivo Lee Boyd Malvo (conhecido como John Lee Malvo ou Malik Malvo), promoveu uma série de Ataques a Tiros em Beltway, matando 10 e ferido 4 pessoas durante o mês de outubro de 2002 em Washington (DC) e zonas próximas. Tentaram fazer extorsão de U$10 milhões de dólares, em troca de parar os ataques. A midia teve importante papel nos planos dos assassinos. Eles pareciam agir de acordo com o que ouviam falar sobre eles. No programa do Larry King (CNN), o entrevistado Robert Ressler (ex-FBI) previu que o próximo assassinato seria mais ao sul, “talvez em Ashland”. Foi feito. O ex-agente do FBI Greg McCrary disse que o atirador parecia ter complexo de Deus...a carta de tarot deixada na cena de crime seguinte confirmava suas previsões. Bo Diete, ex-detetive de NY que inspirou uma série de televisão, chamou no ar o assassino de covarde...ele matou horas depois. O jornal Washington Post afirmou que o assassino não matava nos fins de semana...ele matou no sábado seguinte, como que para provar que estavam errados. Os assassinos deixaram, nas proximidades dos locais em que mataram, três cartas:
07/outubro – Carta de Tarô que dizia “Caro policial, eu sou Deus”. Fontes da investigação revelaram que uma segunda mensagem na carta avisava para que a polícia não mostrasse ou falasse da carta para a imprensa.
19/outubro – Carta de 4 páginas embrulhada em plástico. Na primeira página, a frase “ Me chame de Deus – Para você, Senhor Policial”. Nas outras páginas:
- a ordem que nada fosse divulgado para a imprensa,
- o pedido de U$ 10 milhões de dólares a serem depositados em conta de cartão de crédito Visa roubado. Foram fornecidos os 16 números do cartão, além do nª PIN.
- criticava a incompetência da polícia e dos atendentes das “hotlines”, por acharem que suas ligações tratavam-se de trotes. O castigo: “Suas falhas custaram 5 vidas”.
- Ameaçava as crianças, dizendo “Suas crianças não estão seguras em lugar nenhum, em hora alguma”!
- a carta pedia que as autoridades fizessem contato com o atirador por um certo número de telefone no domingo, às 6h00m da manhã. Foi esta ligação, de execução muito atrapalhada, que levou à prisão de dois imigrantes ilegais como suspeitos de serem os atiradores. Erro da polícia, pelo qual o chefe de polícia Charles Moose foi aos microfones acalmar o atirador
- A carta dizia que se os pedidos fossem atendidos, a polícia teria menos “sacos de cadáveres”; e se a prioridade fosse pegá-los, que preparassem mais “sacos de cadáveres”. Ainda estava escrito: “Damos nossa palavra que será assim. Word is bond” (frase de famoso reggae).
22/outubro – Mais uma carta do Atirador de Washington, com nova ameaça as crianças. O assassino, frustrado por ainda não ter conseguido falar diretamente com as autoridades do caso, pedia que fosse instalada uma exclusiva linha 0800. Citava alguns nomes de atendentes incompetentes que não haviam acreditado nas suas ligações. Em 21 de setembro de 2002, Kellie Adams foi ferida, e Claudine Parker morreu, ambas foram vítimas de tiro durante um assalto na loja de bebidas em que trabalhavam, na cidade de Montgomery, Alabama. Largado no chão do estacionamento da loja, uma revista sobre armas. Com técnica especial, Foi identificada uma digital na revista. O material foi enviado ao FBI. As testemunhas do crime citaram um Chevrolet Caprice azul, ano 1990, que passou por ali em velocidade, mas na época ninguém achou que o carro tinha alguma coisa a ver com os criminosos.No dia 17 de outubro, o próprio atirador citou o crime de Montgomery, Alabama, para o atendente da “linha direta”, ao tentar persuadi-lo de que se tratava do verdadeiro atirador falando. No início, a polícia pensou que a referência era a um dos locais de Washington onde o atirador havia feito vítimas. Dias depois, o Reverendo William Sullivan, de Ashland, procurou a polícia. Havia recebido um estranho telefonema. O interlocutor havia começado a conversa dizendo que era Deus, se dizia o atirador de Washington e fazia referência a um crime ocorrido na cidade de Montgomery, Alabama, que deveria ser verificado pela polícia. A equipe de investigação percebeu seu engano, e fez contato com os policiais do outro estado. Foi a partir desta pista que, através da impressão digital, a polícia chegou no nome de Lee Boyd Malvo. Seguindo o rastro do menino, souberam que ele morava com John Allen Mohammed, ex- militar.
De repente, tudo parecia se encaixar: depois da morte de Pascal Charlot, a polícia procurava um Chevrolet Caprice azul, entre outros carros descritos como próximos ao local dos crimes. As investigações logo encontraram os registros de um carro deste modelo e ano, comprado por John Muhammad em sociedade com Nathaniel Osbourne, jamaicano e cantor de reggae. Agora investiga-se sua participação nos crimes do Alabama e Washington. No dia 24 de outubro, um telefonema de um motorista de caminhão alertou a polícia que dois homens dormiam no interior de um Chevrolet Caprice azul ano 1990, numa área de descanso ao longo da estrada Interestadual 70, próximo a Myersville, Maryland. Ao verificar a placa, constataram ser o carro certo: licença de New Jersey e placa NDA 21Z, o carro de Muhammad e Osbourne. Toda a polícia se mobilizou. Conseguiram mandatos federais de prisão para John Muhammad, por violação de armas, e Lee Malvo, como testemunha material, rumaram para o local e acordaram os dois homens levando-os para averiguações e perícia do carro. Ao examinar o veículo, encontraram uma BUSHMASTER XM15 (calibre. 223). É uma arma de alta potência e mortalmente precisa. O carro em si era modificado para funcionar como uma plataforma de tiro. Tinha dois buracos, um para o cano da arma e outro para um telescópio de mira, além de um tripé. Desta forma, atirando de dentro do carro, o atirador não seria visto pelos sensores de calor que rodeavam os céus de Washington, em avião especial. A forma de operar também proporcionava uma fuga muito rápida, sem que as pessoas em volta realmente percebessem o que estava acontecendo.
A arma apreendida foi examinada, e provou-se que dali saíram pelo menos 11 dos 14 tiros do Atirador de Washington. Finalmente a cidade podia dormir em paz. Muhammad e Malvo foram presos num estacionamento, dormindo dentro de um Chevrolet Caprice azul,em 24 de outubro de 2002.
Muhammad começou a ser julgado em outubro de 2003 e foi sentenciado à morte em fevereiro de 2004. Estava esperando a execução em Virgínia desde agosto de 2005, foi extraditado para Maryland para enfrentar novas acusações de 6 mortes, assassinato de primeiro-grau em 30 de maio de 2006. Até outubro de 2006, não lhe foram atribuídas acusações adicionais em outras jurisdições de Virgínia. Um júri da Virgínia acusou Malvo de assassinato em 18 de outubro de 2003 e ele foi sentenciado à prisão perpétua em 10 de março de 2004. Foi considerado culpado por seis assassinatos em Maryland e recebeu outras sentenças de seis vidas, e está enfrentando cargas adicionais em diversos estados. Confessou também um assassinato no Arizona. Está preso numa prisão Supermax da Virgínia, a Red Onion, onde ficará preso para o resto da vida. Supõe-se que Malvo está envolvido em 16 assassinatos e em 7 tentativas adicionais (23 tentativas de assassinato no total), de que os Ataques a Tiros em Beltway constituíram 10 assassinatos e 15 tentativas. As vítimas são pessoas dos estados da Califórnia, Arizona, Texas, Luisiana, Alabama, Geórgia, Maryland e Virgínia.Existem evidências de que o adolescente Lee Boyd Malvo foi o atirador em pelo menos um caso, dia 14/10, quando Linda Franklin foi assassinada. Na maioria das mortes, a responsabilidade de puxar o gatilho recai sobre John Allen Mohammad. Suspeita-se que a dupla esteja envolvida em vários crimes e esquemas de fraude de documentos em Antiqua, Alabama, Indiana, Maryland, Columbia e Washington.A dupla também pode ser acusada pelo assassinato de Keenya Cook, 21 anos, morta em fevereiro/2002 com um único tiro. Keenya foi atingida assim que saiu pela porta da frente de sua casa, em Tacoma, mesma cidade em que morava a dupla de assassinos. Eles eram amigáveis com a família da moça, e existe até uma fotografia de Malvo e Muhammad no sofá da casa dos Cook. A amizade terminou quando a família Cook e a ex-mulher de Muhammad ficaram amigos.Mais uma vítima foi relacionada à dupla: Hong Im Ballenger, moradora de Baton Rouge. Ela teve sua bolsa roubada e foi morta quando entrava em seu carro, com uma arma do mesmo calibre daquela utilizada pelos atiradores de Washington.Outra possível vítima é Bernita White, de Michigan, que foi morta na entrada de um zoológico em junho/2001, com um único tiro dado à distância. Não há evidências de que Muhammad e Malvo estiveram em Michigan, mas seu sócio no carro, Nathaniel Ousborne, foi preso ali.Uma sinagoga em Tacoma, onde tiros foram disparados em maio de 2002, também pode fazer parte do roteiro da dupla criminosa. Ali, ninguém ficou ferido. Ao ser deixado sozinho, na sala de interrogatório, Lee Malvo tentou escapar pela tubulação de ventilação. Foi impedido.

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O filme D.C. Sniper: 23 Days of Fear (O Atirador de Washington) baseia-se nesses fatos.

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