quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Alexander Pichushkin

Já que estamos falando de Maníaco do Parque, vamos falar do "Maníaco do Parque Bitsevsky", na Rússia. A polícia precisou de 14 anos para resolver os misteriosos assassinatos que o maníaco da Rússia tramava em sua cabeça doentia. Quando policiais invadiram o apartamento deteriorado em que Alexander "Sasha" Yuryevich Pichushkin vivia com a mãe, em Moscou, em 2006, as coisas logo se tornaram claras. A polícia encontrou um tabuleiro de xadrez no qual Pichushkin, 33 anos, havia inscrito um número para cada vítima. Conhecido na imprensa mundial como o “Assassino do Xadrez”, ele deu início a uma série de homicídios em 1992, quando, ao completar 18 anos, empurrou pela janela um amigo da escola técnica que cursava. Para a imprensa, Pichushkin disse que esse crime aconteceu porque ambos disputavam o amor de uma colega de classe. Desde então, declarou que matou 63 pessoas e que sua intenção era chegar ao número de 64 vítimas – uma para cada quadrado de um tabuleiro de xadrez, que ele ia marcando macabramente com uma moeda à medida que cometia os crimes. Ao todo, 46 homens e 3 mulheres foram assassinados . Ele tentou matar mais 2 homens e uma quarta mulher. Alexander ainda acompanhava com atenção o que a imprensa publicava sobre seus crimes, e se irritava muito quando detalhes que considerava essenciais estavam ausentes dos relatos. Durante sua prisão, culpou a polícia por não ter encontrado todos os cadáveres, impedindo ele de ser o maior homicida da história da Rússia. Ele afirmou que pretendia bater o recorde de Andrei Chikatilo, notório serial killer que matou 52 pessoas.
A polícia conseguiu identificar o assassino por meio de uma pista deixada por uma de suas últimas vítimas, Marina Moskaleva, que deixou aos familiares o número do telefone de um “amigo” que a tinha convidado para um passeio. Quando foi detido, Pichushkin não ofereceu resistência e entregou à polícia o martelo de carpintaria com o qual tinha assassinado Marina e um tabuleiro de xadrez com quase todas as casas cobertas com moedas. Pichushkin afirmou que a Polícia o pegou “por acaso” numa verificação de documentos, mas pareceu estar conformado com sua sorte. Ele disse que se não o prendessem talvez nunca fosse parar de matar. Com as provas reunidas sobre o caso, a acusação afirmou que ele matou durante 14 anos. Com exceção de um crime, todos os outros homicídios ocorreram dentro do parque de Bittsevski, uma zona florestal no sul de Moscou. Pichushkin trabalhava como assistente em uma loja nas imediações do parque e de acordo com a procuradoria, o assassino planejava meticulosamente seus crimes escolhendo o local e atraindo para lá as vítimas, em sua maioria homens idosos, homossexuais, alcoólatras ou dependentes químicos, convidando para beber vodka ou para se relacionarem sexualmente no parque. Quando suas vítimas já estavam embriagadas, ele as atacava com um martelo de carpintaria ou uma garrafa. Sua assinatura, no entanto, era cravar uma garrafa quebrada na cabeça das vítimas depois de estrangulá-las com um cinto, também não se dava ao trabalho de esconder os cadáveres, que eram atirados em um esgoto a céu aberto. Muitos russos gostariam de vê-lo condenado à morte, mas o país suspendeu a pena capital e ele depois de preso foi condenado à prisão perpétua por ter assassinado 49 pessoas e por outras três tentativas. A primeira parte da pena – uma década e meia – será passada em isolamento. Além disso, o juiz estabeleceu que Pichushkin terá que fazer um tratamento psiquiátrico obrigatório, apesar de ter ressaltado que o assassino estava em pleno uso de suas faculdades mentais na época dos crimes.Quando questionado sobre se tinha entendido o veredito, Pichushkin respondeu com indiferença: “Não sou surdo! Compreendi”.
Algumas frases marcantes de Pichushkin:
“Para mim, uma vida sem assassinatos é como uma vida sem comida. Senti-me o pai de todas essas pessoas, já que fui eu quem lhes abriu a porta para outro mundo.”
“Eu tomei a coisa mais valiosa, a vida humana. Eu não levei nada de valor delas (as vítimas): dinheiro, jóias, eu não precisava disso. Eu me senti Deus.”
“Faz 500 dias que estou preso e que meu destino está sendo decidido. Até agora, eu só decidi o destino de 60 pessoas: fui juiz, promotor e carrasco.”
“Homossexuais eram as presas mais vulneráveis e fáceis de matar. Pareciam que pediam para serem mortos.”
"Se não tivessem me capturado, eu nunca teria parado, nunca. Eles salvaram muitas vidas me prendendo"

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